Crise financeira no PT-AM intensifica brigas entre Sinésio Campos e filiados do partido 4y581q
Amazonas – O Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) no Amazonas vive um momento de turbulência política e financeira. O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) intimou o partido a pagar uma dívida de R$ 60.991,92, referente à desaprovação das contas do exercício de 2019. A decisão, assinada pela desembargadora Carla Maria Santos dos Reis, presidente da corte, foi publicada após o PT-AM não cumprir a sentença, mesmo após o trânsito em julgado do acórdão. Além da devolução dos valores ao Tesouro Nacional, o partido foi condenado a uma multa de 10% sobre R$ 319.213,66, a ser descontada de rees futuros do Fundo Partidário.
A execução judicial da dívida ocorre em um contexto de crise interna agravada por investigações contra o presidente estadual do PT, o deputado estadual Sinésio Campos. Às vésperas do primeiro turno das eleições municipais de 2024, Campos foi envolvido em um escândalo após a Polícia Federal encontrar dinheiro em posse de uma assessora sua, supostamente destinado a transporte irregular para o interior do Amazonas. A assessora prestou esclarecimentos à PF, mas o caso gerou desgaste significativo para o partido.
O episódio intensificou divisões no PT amazonense. Um grupo de filiados e lideranças protocolou um pedido de expulsão de Sinésio, argumentando que as denúncias de irregularidades comprometem ainda mais a credibilidade da sigla no estado. “O PT precisa de uma liderança que represente nossos valores e resgate a confiança da população”, afirmou uma liderança local, que preferiu não se identificar.
A direção nacional do PT ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso, mas a pressão por mudanças cresce. Setores do partido defendem uma renovação urgente na liderança estadual para conter o desgaste político e evitar impactos nas próximas disputas eleitorais. Enquanto isso, a cobrança judicial da multa e as investigações contra Sinésio Campos mantêm o PT-AM no centro de uma crise que ameaça sua unidade e influência no Amazonas.
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