PF investiga esquema de fraude em merenda escolar na gestão do ex-prefeito Arthur Neto em Manaus 6n214i
Manaus – A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (25) a Operação Sem Sabor, visando desarticular um esquema criminoso que, em 2020, durante a gestão do ex-prefeito Arthur Neto, favoreceu irregularmente uma empresa sem capacidade operacional na compra de kits de merenda escolar para Manaus. A ação expõe fraudes em licitações e desvios milionários de recursos públicos, envolvendo servidores, empresários e intermediários.
Com o apoio de 30 policiais federais, a operação cumpre seis mandados de busca e apreensão em condomínios de luxo e sedes de empresas na capital amazonense, todos autorizados pela Justiça Federal. As investigações, iniciadas após uma ação popular e auditorias do Ministério Público Federal (MPF) e do Tribunal de Contas da União (TCU), apontaram que a empresa contratada em 2020 foi beneficiada por uma dispensa de licitação manipulada, apesar de não ter experiência no fornecimento de alimentos nem estrutura adequada – sua sede era até então desconhecida.
Em nota sobre a operação, a PF destaca que o esquema, ocorrido sob a istração de Arthur Neto, envolveu superfaturamento, direcionamento de contratos e rees suspeitos. A análise bancária revelou que parte do dinheiro pago pela Prefeitura de Manaus foi rapidamente transferida a uma empresa concorrente, sugerindo uma rede coordenada de corrupção. As conexões empresariais entre os envolvidos reforçam a tese de um conluio premeditado.
A operação ganhou corpo com a constatação de que a fornecedora escolhida não atendia aos requisitos básicos para o serviço, levantando suspeitas sobre como foi selecionada em um processo que deveria garantir alimentação escolar de qualidade às crianças da rede pública.
As buscas desta manhã focam em coletar provas que detalhem o funcionamento do esquema, como documentos, contratos e registros financeiros. Os investigados podem responder por crimes como fraude à licitação, corrupção iva, lavagem de dinheiro e associação criminosa, com penas que, somadas, ultraam 25 anos de prisão. A PF promete divulgar mais detalhes ao longo do dia.
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