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Ex-servidor do Ibama é investigado por fornecer arma a traficante ligado ao CV 4eq5e

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Brasil – A Polícia Federal (PF) encontrou uma arma de fogo que pertence ao acervo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em posse do traficante José Heliomar de Souza, que tem ligações com o Comando Vermelho (CV). Ele é apontado pelos investigadores como líder de uma organização criminosa formada por policiais para o tráfico interestadual de drogas.

A pistola do Ibama encontrada com Heliomar estava acautelada em nome do ex-técnico ambiental do Ibama Nilson Tadeu Isola Lago Junior (foto em destaque), de 36 anosO servidor pediu demissão do órgão ambiental em setembro ado, mas não devolveu o armamento para a instituição. A coluna obteve o a detalhes da investigação.

Nilson Lago é investigado por ceder a pistola ao traficante. Os agentes apuram em que circunstância isso aconteceu. O ex-servidor foi alvo de mandado de busca e apreensão no último dia 23.

A ação ocorreu no âmbito da Operação Puritas, deflagrada em novembro do ano ado. Um dos alvos era José Heliomar, que tinha, entre outas atribuições, a função de cooptar policiais militares estaduais e rodoviários federais (PRFs) para traficar cocaína para várias regiões do Brasil.

Naquela ocasião, os agentes encontraram várias armas com ele, entre elas, a pistola pertencente ao Ibama.

Ex-servidor chegou a ser preso pela PF 1s154q

A partir desta descoberta, a PF solicitou e obteve um mandado de busca e apreensão na casa de Nilson Lago, em Porto Velho, no dia 23 de janeiro. No local, encontraram várias munições de uso escondidos no compartimento interno da cama.

  • 68 munições de calibre 9mm
  • 16 munições de calibre 12
  • 5 munições de calibre .22

Nilson Lago foi preso em flagrante por posse ilegal de munições de diversos calibres. Porém, a Justiça concedeu liberdade provisória após ele pagar fiança, via PIX, de R$ 15 mil.

Além das munições, foram encontrados vários objetos institucionais que deveriam ter sido devolvidos ao Ibama: uniforme, colete balístico, carteira funcional, crachá, notebook, “case” e registro de arma.

A PF encontrou também na casa dele “apetrechos” para consumo de cocaína e maconha. Nilson Lago itiu, em depoimento, que é usuário de drogas. Quanto ao material bélico, ele disse que as munições são do Ibama e que não fez a devolução ao órgão ambiental.

“Logo após a vacância com solicitação de entrega da arma o servidor praticou de forma permanente o porte ilegal da arma de fogo funcional”, escreveu a PF no inquérito que a coluna teve o.

Procurado, o Ibama informou que Nilson Lago foi notificado istrativamente duas vezes pelo Ibama, mas ele não atendeu as notificações de devolução de armamento e demais equipamentos. Diante da recusa, o órgão ambiental ofereceu denúncia à Polícia Federal e acionou a Justiça pedindo de volta a posse da arma.

Resposta de Nilson Lago ao Ibama, após ser notificado para devolver armas e equipamentos funcionais

O que Nilson Lago disse à PF sobre arma ter parado nas mãos de traficante n1k5o

Nilson deu diferentes versões aos policiais federais sobre o motivo de a arma ter sido encontrada com José Heliomar. Inicialmente, ele alegou, inclusive, que tinha, sim, devolvido a pistola ao Ibama e que não era a mesma arma que em posse do traficante.

No entanto, a PF localizou na casa de Nilson o “case”, dois carregadores e o registro da arma que foi encontrada com o traficante. Durante oitiva, Nilson Lago “negou envolvimento com qualquer organização” criminosa e que “nunca foi preso”.

Ele também é investigado pela PF e pela Corregedoria do Ibama por dar o “sumiço”, em dezembro de 2023, em uma lancha e armas apreendidas com garimpeiros pelo órgão ambiental. Na época, ele era chefe da área de fiscalização da Superintendência do Ibama, em Rondônia.

Procurada pela coluna, a defesa dele não quis se manifestar.

O que é a Operação Puritas? 5j4q6r

Em novembro do ano ado, a PF cumpriu 15 mandados de prisão no âmbito da Operação Puritas. Entre os investigados estavam policiais militares estaduais e policiais rodoviários federais, que obedeciam aos comandos do traficante José Heliomar de Souza, apontado pela PF como mentor intelectual, coordenador e líder da organização criminosa sediada em Porto Velho.

Eles mandavam carregamento de cocaína, por via terrestre, para várias partes do Brasil, sobretudo para a facção Comando Vermelho, em Fortaleza (CE).

Com informações do Metrópoles. 


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