Americano é condenado por envenenar e atirar em golfinhos na frente de crianças na Flórida; veja 4r3f51
Mundo – Um caso chocante de crueldade contra animais marinhos ganhou destaque na Flórida, onde Zackery Brandon Barfield, de 31 anos, residente de Panama City, foi condenado a 30 dias de prisão e multado em US$ 51 mil por envenenar e atirar em golfinhos-nariz-de-garrafa, em violações da Lei de Proteção aos Mamíferos Marinhos e da Lei Federal de Inseticidas, Fungicidas e Rodenticidas. A sentença foi anunciada por Michelle Spaven, procuradora interina dos Estados Unidos para o Distrito Norte da Flórida, em 23 de maio de 2025.
Barfield, que atuava como capitão de pesca comercial e de fretamento na região de Panama City por toda sua vida adulta, cometeu os crimes entre 2022 e 2023. Frustrado com golfinhos que se alimentavam de pargos-vermelhos capturados nas linhas de pesca de seus clientes, ele começou a usar metomil, um pesticida altamente tóxico que afeta o sistema nervoso de mamíferos, para envenenar os animais. O produto, regulamentado pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) para uso exclusivo em ambientes não residenciais, foi colocado dentro de peixes-isca e oferecido aos golfinhos que se aproximavam de sua embarcação.
Além do envenenamento, Barfield usou uma espingarda calibre 12 em pelo menos duas ocasiões, em dezembro de 2022 e no verão de 2023, para atirar nos golfinhos que se aproximavam do barco. Em um dos episódios, ele matou um animal imediatamente, enquanto em outros casos os disparos não resultaram em morte instantânea. Um dos incidentes mais graves ocorreu na presença de duas crianças em idade escolar a bordo, durante uma viagem de pesca, e outro com mais de uma dúzia de pescadores como testemunhas.
“Ações como essas não são apenas crimes contra animais protegidos, mas ameaças graves ao ecossistema local e aos recursos naturais do Golfo da América”, declarou Michelle Spaven. “Os golfinhos são uma espécie carismática e altamente inteligente, e esses atos representam um dano devastador.”
Adam Gustafson, procurador-geral assistente interino da Divisão de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Departamento de Justiça, destacou que Barfield, por ser um capitão experiente, conhecia as regulamentações de proteção aos golfinhos, mas optou por ignorá-las. “Essa sentença reforça nosso compromisso com a aplicação da lei e deve servir como alerta para evitar condutas semelhantes”, afirmou.
A investigação, conduzida pela Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida, em parceria com o Escritório de Aplicação da Lei da NOAA e a Seção de Crimes Ambientais do Departamento de Justiça, foi crucial para identificar os crimes. “As mortes cruéis e desnecessárias poderiam ter permanecido sem solução sem a dedicação dos nossos investigadores”, disse Paige Casey, diretora assistente interina da Divisão Sudeste da NOAA.
Após cumprir a pena de prisão, Barfield ficará sob supervisão por um ano. O caso reforça a importância da proteção aos mamíferos marinhos e a aplicação rigorosa das leis ambientais, especialmente em um ecossistema tão vital quanto o Golfo do México.
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