Cris Fibe critica a justiça e defende proteção às vítimas de abuso sexual em evento na Embaixada do Reino Unido 6v4t5z
Brasil – Na última quarta-feira, a Embaixada do Reino Unido foi palco do lançamento da nota técnica sobre equidade de gênero do Grupo de Investidores em Direitos Coletivos (GICs), com participação do Instituto Pró Vítima. O evento contou com a presença da comunicadora e ativista Cris Fibe, que destacou a importância da Lei Mariana Ferrer na proteção de vítimas de violência sexual e fez duras críticas ao sistema de justiça brasileiro.
Durante sua fala, Fibe reforçou que a Justiça muitas vezes atua de forma a intimidar e silenciar as pessoas que denunciam abusos. Ela alertou para o impacto negativo que esse tipo de conduta institucional tem sobre as vítimas e sobre a liberdade de expressão no país.
Um dos pontos centrais de sua fala foi o caso da jornalista Schirlei Alves, condenada a um ano de prisão em regime aberto e ao pagamento de multa no valor de R$ 400 mil. Fibe classificou a punição como desproporcional à realidade da profissional e usou o episódio como exemplo de como a liberdade de imprensa pode ser ameaçada, especialmente quando as denúncias envolvem violência contra mulheres.
Para Cris Fibe, a penalização de quem revela injustiças é um alerta sobre a necessidade de mudanças estruturais no sistema de justiça. Segundo ela, sem uma transformação concreta, não será possível garantir nem a proteção das vítimas nem a atuação livre e íntegra dos profissionais da comunicação.
A nota técnica lançada durante o evento busca chamar atenção para desigualdades de gênero e propor caminhos para um ambiente mais justo e igualitário. O encontro reafirmou o compromisso de organizações da sociedade civil e de representantes internacionais com a promoção dos direitos das mulheres e da liberdade de imprensa no Brasil.
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