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Câncer de ovário: estudo indica que quimioterapia contínua ou intercalada tem o mesmo efeito no tratamento 386m5o

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Câncer de ovário: estudo indica que quimioterapia contínua ou intercalada tem mesmo efeito no tratamento

Brasil – Sessões de quimioterapia fazem parte do tratamento padrão do câncer epitelial de ovário avançado. Tradicionalmente, são realizados seis ciclos: três antes da cirurgia para a ressecção do tumor e três depois. Pesquisadores compararam a eficácia deste esquema com a istração  de  quimioterapia em seis sessões antes da cirurgia. Apesar de não ser o seu objetivo primário, o estudo apontou que, embora diferentes, os dois esquemas  aparentemente não provocam nenhuma alteração no resultado do tratamento a longo prazo. Segundo eles, a presença da mutação do gene BRCA e o estado de saúde das pacientes são mais importantes para definir o prognóstico. O trabalho foi  apresentado hoje (22), no ESGO 2025 – Congresso da Sociedade Europeia de Ginecologia Oncológica, em Roma, na Itália.

 O médico oncologista Eduardo Paulino, da Oncologia D’Or, observou que o resultado desse estudo talvez possa ter um impacto sobre a rede pública de saúde, que tem uma dificuldade logística muito grande para istrar o medicamento no esquema tradicional.

 “É difícil a gente conseguir que a paciente faça três ciclos de quimioterapia e os exames de imagem, e pela cirurgia e depois se submeta a mais três sessões de quimioterapia”, afirma o médico. “Talvez a possibilidade de fazer  seis ciclos de quimioterapia no período pré-operatório dará mais tempo ao médico para preparar a paciente para a cirurgia”, afirma.

 Câncer de ovário epitelial

O Instituto Nacional de Câncer (Inca)1 estima que, em 2025, sete mil brasileiras serão diagnosticadas com câncer de ovário. Trata-se da terceira neoplasia ginecológica mais comum. A quase totalidade das neoplasias ovarianas (95%) ocorrem nas células epiteliais, que recobrem a superfície externa do ovário.

O objetivo principal do  estudo da  Policlínica Sant’Orsola-Malpighi, na Bolonha, na Itália, foi avaliar se o  número de ciclos de quimioterapia no pré-operatório tinha impacto sobre o procedimento para a ressecção dos tumores. Os objetivos secundários da pesquisa foram comparar as taxas de remissão, sobrevida livre da progressão e de sobrevida global das pacientes submetidas a esses dois esquemas. A pesquisa envolveu 214 mulheres com câncer de ovário epitelial avançado. Algumas tinham  a mutação do gene BRCA, que aumenta o risco para o câncer de mama e ovário.

As participantes foram divididas em dois grupos, dos quais uma parte recebeu o esquema tradicional – com três ciclos antes e três depois da cirurgia. Outra parcela se submeteu a seis sessões de quimioterapia na fase pré-operatória. Na fase pós-operatória, os dois grupos poderiam completar até nove ciclos no total de quimioterapia. Não se observaram diferenças significativas nos dois grupos. As pacientes foram acompanhadas  durante 79 meses, 88,3% delas tiveram progressão da doença e 80% morreram. Segundo  os pesquisadores, os únicos fatores que determinaram o prognóstico das pacientes foi a presença do gene BRCA e o estado de saúde das participantes.

Referências

1. Estimativas do Câncer no Brasil. Instituto Nacional do Câncer (Inca). Disponível em https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/estimativa-2023-incidencia-de-cancer-no-brasil

2. Inca.  https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/ovario

Sobre a Oncologia D’Or

Criada em 2011, a Oncologia D’Or é o projeto de oncologia da Rede D’Or formado por clínicas especializadas no diagnóstico e tratamento oncológico e hematológico, com padrão de qualidade internacional, e que atualmente está presente em onze estados brasileiros e no Distrito Federal. O trabalho da Oncologia D’Or tem por objetivo proporcionar não apenas serviços integrados e assistência ao paciente com câncer com elevados padrões de excelência médica, mas um ambiente de e humanizado e acolhedor. A área de atuação da Oncologia D’Or conta com uma rede de mais de 55 clínicas, tem em seu corpo clínico mais de 500 médicos especialistas nas áreas de oncologia, radioterapia e hematologia e equipes multidisciplinares que trabalham em estreita parceria com o corpo clínico da maioria dos mais de 77 hospitais da Rede D’Or. Além disso, a presença das clínicas da Oncologia D’Or em mais de 20 hospitais da Rede abrange a área de atuação em toda a linha de cuidados, seguindo os moldes mais avançados de assistência integrada, proporcionando maior agilidade no diagnóstico e mais conforto e eficiência para o tratamento completo dos pacientes.


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