Sem atendimento médico, professores do AM se manifestam e cobram Governo do Estado: “Pague o plano de saúde!”; veja vídeo 2d3w3l
Manaus — Na manhã desta quarta-feira (28/5), dezenas de professores e trabalhadores da educação realizaram um protesto em frente à sede do Governo do Amazonas, no bairro Compensa, zona oeste de Manaus. Com cartazes e palavras de ordem, eles cobraram a imediata regularização do plano de saúde da categoria, suspenso há 10 meses por falta de rees do governo estadual.
A manifestação, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), denunciou a situação de abandono enfrentada por mais de 33 mil profissionais da educação, além de seus dependentes — um universo que pode ultraar 100 mil pessoas — que, desde segunda-feira (26), estão sem o a consultas, exames e tratamentos essenciais.
“Com saúde não se brinca. Pague o plano de saúde dos servidores!” e “O que fizeram com o dinheiro dos dependentes?” eram algumas das frases escritas nos cartazes erguidos pelos manifestantes.
Constrangimento e indignação
Durante o ato, professores relataram episódios de constrangimento e desamparo ao tentarem ar serviços médicos que haviam sido previamente agendados. “Uma colega nossa foi à consulta, o sistema aceitou o agendamento, mas quando chegou lá, foi surpreendida com a informação de que o atendimento estava suspenso. Ela ou um constrangimento terrível”, relatou uma das manifestantes.
A presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues, criticou duramente o governo estadual e classificou a situação como “um grave descaso”. Segundo ela, há 10 meses o governo deixou de rear os valores à operadora responsável, a Hapvida, levando à suspensão do serviço, que é considerado uma das principais conquistas históricas da categoria.
“Governador, com saúde não se brinca. Não dá para dançar na frente de um cargo que hoje o senhor ocupa e fingir que está tudo bem. Antes, o senhor dizia que, se tivesse dinheiro, faria. E agora, que há recursos, por que não está fazendo?”, questionou Ana Cristina em discurso inflamado durante o protesto. “Firmes na luta! Não vamos recuar!”, completou, sob aplausos dos presentes.
Entenda o caso
O plano de saúde oferecido aos profissionais da educação do Amazonas é gerido pela SEDUC (Secretaria Estadual de Educação) e istrado pela Hapvida há quase uma década. A suspensão repentina do serviço, sem qualquer aviso prévio ou diálogo com os representantes da categoria, pegou milhares de trabalhadores de surpresa.
De acordo com Vanessa Antunes, diretora do Sinteam, a inadimplência do governo estadual ultraa R$ 57 milhões, valor que tornou insustentável a continuidade dos atendimentos pela operadora. Atualmente, apenas casos de urgência e emergência estão sendo acolhidos pela Hapvida.
“Recebemos relatos de professores doentes, grávidas sem pré-natal, pacientes oncológicos sem tratamento e consultas canceladas. Muitos vieram do interior e perderam a viagem, ficaram sem atendimento e ainda receberam falta na escola”, lamentou Vanessa.
Colapso no sistema público
A suspensão do plano ameaça sobrecarregar ainda mais o já frágil sistema público de saúde do Amazonas. Hospitais como João Lúcio, 28 de Agosto, Platão Araújo e unidades básicas de saúde (UBSs) de Manaus estão sob risco iminente de superlotação.
“Imagine mais de 30 mil trabalhadores e seus dependentes buscando atendimento no SUS. Isso é irresponsável”, advertiu Vanessa.
Além de comprometer a saúde dos servidores, a situação impacta diretamente o funcionamento das escolas públicas. “O estudante perde aula, o servidor perde saúde”, resumiu a sindicalista.