Brasília Amapá Roraima Pará |
Manaus
STORIES
Brasília Amapá Roraima Pará

Mãe clama pela vida de bebê recém-nascido na maternidade Balbina Mestrinho: “meu filho vai morrer sem o cateter!”; veja vídeo 6c6b1j

Compartilhe
Mãe clama pela vida de bebê recém-nascida na maternidade Balbina Mestrinho: “minha filha vai morrer sem o cateter!”; veja vídeo

Manaus – Uma mãe desesperada, Francilene Vilena Pinto, faz um apelo emocionado pela vida de sua filho recém-nascido, internada na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) da Maternidade Balbina Mestrinho, em Manaus. Um bebê, Francisco Hélio Pinto Torres, nascido prematuro em 22 de maio de 2025, com baixo peso e quadro de desconforto respiratório, enfrenta um estado gravíssimo devido à falta de um cirurgião pediátrico para realizar a implantação de um cateter de Tenckhoff, essencial para a diálise peritoneal que pode salvar sua vida. “Meu filho vai morrer sem o cateter”, declarou Francilene em entrevista ao repórter Thiago Quara, do CM7 Brasil.

O recém-nascido foi itida na UTIN do Balbina Mestrinho no dia 23 de maio, mas sua condição deteriorou-se rapidamente, evoluindo para choque séptico e insuficiência renal grave, com exames de 31 de maio apontando creatinina de 3,8 mg/dL e ureia de 108,2 mg/dL. No dia 29 de maio, foi indicada a colocação do cateter para iniciar a diálise, mas a ausência de um cirurgião pediátrico na maternidade levou à tentativa de transferência para o Instituto da Criança do Amazonas (ICAM), unidade com estrutura adequada.

Imes e negligência

O drama da família começou a se intensificar quando, no dia 30 de maio, a transferência para o ICAM foi autorizada. O bebê chegou a ser levada ao elevador, mas, no último momento, o hospital informou que não havia vaga devido a uma emergência. Exames adicionais solicitados pela equipe de cirurgia pediátrica revelaram alterações, exigindo transfusões de plaquetas e plasma, mas a situação clínica da criança continuou a piorar. No dia 1º de junho, o ICAM novamente negou a transferência, alegando falta de condições para o procedimento, enquanto a maternidade não dispunha de um cirurgião para atuar localmente.

Diante do risco iminente de óbito caso o bebê fosse removido, a família recorreu à Justiça. O advogado Diego Vinícius Lira Pinto, OAB/AM 19.893, ingressou com uma ação no plantão judicial, obtendo uma decisão que obrigava o Estado do Amazonas a fornecer um cirurgião pediátrico na Balbina Mestrinho ou custear um profissional da rede privada. Apesar da ordem judicial, Francilene relata que, até o momento, nenhuma providência foi tomada. “Conseguimos a decisão, mas o Estado não se mobilizou. Meu filho segue em estado crítico, à beira da morte”, desabafou.

Elevador quebrado

Como se não bastassem as dificuldades, um novo obstáculo surgiu: o elevador da maternidade, essencial para transportar a bebê à sala de cirurgia, apresentou uma pane. “Agora é o elevador. Eles dizem que não podem descer o bebê para a UTI por causa disso”, relatou Francilene ao CM7 Brasil. A situação agravou a angústia da mãe, que veio do município de Coari, a 363 km de Manaus, para o parto de seu filho. “É muito triste. É uma mistura de raiva, desespero. Quero justiça, quero entender por que isso está acontecendo”, afirmou.

Francilene destacou que a equipe médica da UTIN tem tratado a família com atenção, mas a falta de comunicação com a direção da maternidade é um problema recorrente. “Tentamos falar com a direção várias vezes, mas sempre dizem que estão em reunião. Nunca conseguimos uma resposta clara, é sempre uma desculpa”, lamentou. A mãe também criticou a falta de e para pacientes do interior, que enfrentam dificuldades logísticas e financeiras ao buscar tratamento em Manaus. “Deixei tudo em Coari para estar aqui. Gastamos com transporte, e o Estado precisa olhar para quem vem do interior”, pediu.


Siga-nos no Google News Portal CM7


Carregar mais